De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os alertas de desmatamento na floresta Amazônica chegaram a um recorde histórico no primeiro trimestre de 2020 — em comparação a esse mesmo período nos últimos quatro anos.
Conforme os registros, a notícia é de que durante os três primeiros meses deste ano foram emitidos alertas de desmatamento para 796,08 km² da Amazônia — número que significa um aumento de 51,45% em relação ao primeiro trimestre de 2019, quando houve alerta para “apenas” 525,63 km². Já em 2018, os alertas foram para 685,48 km²; em 2017, por sua vez, foram para 233,64 km², e em 2016, os alertas de desmatamento na floresta Amazônica foram para 643,83 km².
De acordo com uma reportagem sobre o assunto, divulgada pelo portal G1 no último dia 13 de abril, a finalidade dos alertas de desmatamento é “embasar ações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)”. Por sua vez, “os dados oficiais de desmatamento são do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), divulgados uma vez ao ano”, explicou o texto.
Os sinais de devastação florestal não desapareceram nem mesmo com o surto do novo coronavírus (COVID-19) pelo qual passa todo o País e o mundo. Para o coordenador de operações de fiscalização do Ibama, Hugo Loss, o que pode ter aumentado, inclusive, foi a expectativa de que a fiscalização ambiental “não tivesse o mesmo fôlego” durante a pandemia e, desta forma, os indígenas acabaram cada vez mais expostos aos invasores.
Ainda, as notícias, até o momento de produção desta matéria (que foi no 13 de abril de 2020), são de que, por meio da presença de madeireiros, a COVID-19 chegou às aldeias brasileiras.
Vale salientar que, conforme a reportagem do G1 destacou no dia 13 de abril, um jovem yanomami, de 15 anos, já havia morrido com COVID-19; além de outros dois indígenas — uma Kokama, de 44 anos; e um Tikuna, de 78 anos — que não entraram nas estatísticas oficiais porque viviam em áreas urbanas.