Pesquisa Sebrae aponta leve recuperação dos pequenos negócios brasileiros em meio à pandemia do novo coronavírus

No final de junho, entre os dias 26 e 30 do mês, foi realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas — em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) — a 5ª edição da Pesquisa “O impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios. Foram entrevistados, nessa tiragem, 6.470 participantes — distribuídos entre Microempreendedores Individuais (MEI), Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.  

De acordo com os resultados do estudo, houve uma leve recuperação dos pequenos empreendimentos brasileiros na comparação aos meses anteriores — recuperação essa, representada pela redução na queda média mensal do faturamento dos negócios. Na primeira semana de abril, por exemplo, a perda média do faturamento das empresas chegou a 70%, já na 5ª edição da pesquisa do Sebrae esse percentual recuou para 51%.

Por sua vez, o percentual de pequenos negócios que registravam essa redução no faturamento caiu de 89% em março (quando foi feita a primeira edição do estudo) para 84% em junho.

“Essa recuperação, entretanto, não é igual para todos os segmentos. Alguns setores como o agronegócio, indústria alimentícia e pet shop/veterinária apresentam maior capacidade de retomada, ao contrário de setores mais diretamente afetados, como turismo e economia criativa”, salientou a Agência Sebrae de Notícias (ASN).

Além disso, apesar do “tímido movimento de recuperação”, o presidente do Sebrae, Carlos Melles, alertou que “ainda estamos longe de vencer a crise”, principalmente “sem o desbravamento do dinheiro disponível nos bancos” — essa análise mais recente da entidade aponta que a concessão de crédito para os pequenos empreendimentos brasileiros ainda não está alinhada ao aumento significativo da busca dessas empresas por empréstimos.

Sem esse auxílio das instituições financeiras, “essa retomada será extremamente lenta ou até fatal para os pequenos negócios, pois a reabertura implica em gastos e não necessariamente em demanda de clientes”, acentuou Melles. 

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