Após fim do acordo com a Boeing, Embraer anuncia medidas de redução de gastos

Uma divulgação feita pela Embraer no dia 26 de abril deste ano, informou que a empresa está trabalhando para conseguir ajustar as despesas de capital e a produção com o objetivo de economizar recursos. Esta é a primeira de várias notícias anunciando medidas previstas pela Embraer para lidar com a crise econômica experimentada pela empresa nos meses de pandemia. Com o fim do acordo de US$ 4,2 bilhões que a Embraer havia firmado com a Boeing, a empresa brasileira corre atrás de se manter de pé neste período de paralisação das atividades do setor.

A Embraer afirmou em um comunicado recente que encerrou uma confortável posição de caixa em 2019, além de uma dívida significativa prevista para pagar nos próximos dois anos. “Estamos focando em medidas para reforçar a liquidez da empesa e conseguir manter nossas finanças consolidadas neste períodos de grande turbulência para o setor”, explica um trecho da nota divulgada pela Embraer no dia 26 de abril deste ano.

As próximas medidas que deverão ser anunciadas pela empresa são em relação ao estoque, pagamentos, extensão dos ciclos e redução das despesas. A busca por novos financiamentos também é o grande foco da Embraer, que contava com o acordo que foi desfeito com a norte-americana Boeing. O acordo entre as gigantes da aviação já está em discussão há dois anos. As empresas estavam em fase final da negociação, um pouco antes da Boeing retroceder e desfazer o acordo.

Os termos do acordo deixavam claro que a Boeing teria controle de 80% da aviação comercial da Embraer e que novos aviões de 150 assentos seriam fabricados no Brasil. As empresas já tinham recebido carta-branca dos órgãos que participavam da negociação, e só faltava o aval da União Europeia. Neste período, a Embraer desembolsou milhões de reais em busca de se adequar à estrutura de negócios que a Boeing exigia.

No comunicado oficial do término do acordo, a Embraer diz que a Boeing desfez o acordo de forma “indevida e levantou falsas alegações para evitar seus compromissos ao rescindir o acordo”. A Embraer iria injetar US$ 4,2 bilhões na negociação assim que ela fosse concluída.