Dívida pública chega a 89,3% do PIB brasileiro, aponta Banco Central

De acordo com as notícias divulgadas no último dia 29 de janeiro pelo Banco Central do Brasil (BC), a dívida pública brasileira bateu recorde em 2020, chegando a 89,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. No entanto, segundo o que destacou a Reuters, mesmo com o número alto, os resultados ainda são um pouco melhores do que o que era esperado tanto por analistas e quanto pelo próprio governo — “refletindo uma reação da arrecadação federal em dezembro, um represamento de despesas e também o impacto de efeito estatístico”.

“No ano, o setor público registrou déficit primário de 702,950 bilhões de reais, o equivalente a 9,5% do PIB e mais de quatro vezes superior ao que era até então o maior rombo da história, de 155,8 bilhões de reais, ocorrido em 2016. Em dezembro, o Ministério da Economia previu que as contas públicas teriam déficit primário de 844,2 bilhões de reais no ano, com a dívida bruta chegando a 93,3% do PIB. A projeção mais recente do mercado era de uma dívida bruta de 92,50%, segundo levantamento da pasta”, escreveu a agência Reuters, em reportagem sobre o assunto, publicada no mesmo dia 29 de janeiro.

Por sua vez, para a analista de macroeconomia da XP, Rachel de Sá, os números mais positivos do que se projetava é um sinal de uma recuperação “relativamente forte e rápida” em termos de arrecadação e despesa abaixo do projetado com gastos previdenciários, bem como relacionados à pandemia do novo coronavírus (causador da Covid-19). 

“Olhando para o futuro, entendemos que os resultados fiscais melhores do que o esperado para 2020, principalmente o nível de endividamento, trazem um alívio temporário para 2021”, ponderou Sá. “No entanto, o Orçamento extremamente apertado ainda representa um desafio extremamente relevante para a gestão fiscal neste ano”, completou a analista.

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